Quanto a mim, os “espaços vazios” terão que complementar os “espaços cheios”. Este complemento consegue-se através do equilíbrio destas duas condições, na medida em que o espaço público por si só, é potencializador da vida em cidadania. Assim, o território em desuso, terá que ser pensado como um ponto de partida para a resolução dos problemas, no que respeita à requalificação e revitalização das cidades, não baseado na especulação imobiliária e económica, mas sim como uma visão sustentável da urbe.
Estes espaços terão que possuir um carácter unificador e não rupturante, na malha e no desenho da cidade. O ambiente urbano valoriza-se automáticamente, se os vazios urbanos forem pensados para servirem e serem parte integrante da cidade, criando as sinergias e dinamismo tão necessárias na relação humana.
Equipas interdisciplinares compostas por Arquitectos, Urbanistas, Arquitectos Paisagistas, Sociólogos, Geógrafos, deveriam-se desbruçar sobre esta problemática, na tentativa de identificar os casos mais problemáticos (para além daqueles que são do domínio público), de forma a encontrarem-se soluções para cada situação. Cada caso é um caso e cada realidade terá que ser vista e reflectida, de acordo com as questões sociais, ambientais e históricas do local, mas sempre numa perspectiva em prol do desenvolvimento sustentável.
A Trienal de Arquitectura de Lisboa 2007, irá proporcionar uma discussão pública saudável e oportuna em torno desta problemática. Será um momento interessante de reflexão e de procura de novas soluções.
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