FUNDAÇÃO IBERÊ-CAMARGO

A propósito da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2007, assisti ontem (dia 15 de Junho de 2007) no Centro Cultural de Belém, a uma conferência do Arquitecto Álvaro Siza Vieira, que se centrou na apresentação e discussão de um dos seus projectos mais recentes, a Fundação Iberê-Camargo, em Porto Alegre no Brasil. Este edifício terá como função, albergar o arquivo e exposição da colecção desta fundação. Iberê Camargo foi um reconhecido pintor brasileiro do séc. XX, que nasceu em Restinga Seca, no interior do Rio Grande do Sul, morrendo aos 79 anos, em Porto Alegre, deixando um legado de uma vasta obra artística.
Após o slide-show, que nos deu a conhecer o projecto pelas palavras do reconhecido arquitecto Português, estiveram igualmente presentes na mesa, os arquitectos José Mateus (Comissário Geral do evento), Ricardo Carvalho e Gonçalo Byrne, que conversaram com Siza, estabelecendo um debate orientador de reflexões sobre a obra em questão e sobre o seu autor. Três gerações diferentes reunidas, que abordaram a arquitectura de Siza Vieira partindo de pontos de vista e pressupostos diferentes, mas, complementares.
Apesar desta sessão ter começado 1 hora depois do previsto, o auditório esteve praticamente lotado. Este atraso deveu-se, por justificação do arquitecto José Mateus, à inauguração da exposição monográfica do Arquitecto Siza no Museu da Electricidade, que ocorreu antes da conferência e a qual se prolongou mais do que o programado.
Disse ainda, “...que são sempre projectos cujo tema polémico é o contacto com o exterior, existindo sempre um grande debate, porque o espaço de um museu tem de ser completamente neutro, quase como um non-lugar...”
O local de implantação deste edifício encontra-se a Sul numa antiga pedreira, com uma configuração complexa e a Norte junto à marginal.
Segundo a memória descritiva do autor, “O volume principal recorta-se contra a vegetação da escarpa, ocupando a sua concavidade, e resulta da sobreposição de quatro pisos de forma irregular...” Existe um sistema de rampas que funciona no interior do espaço do átrio e no exterior, através de galerias fechadas, que estruturalmente funcionam como consolas.
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