domingo, agosto 03, 2008

PAVILHÃO DE PORTUGAL - EXPO ZARAGOZA 2008
BAK GORDON ARQUITECTOS

O projecto de arquitectura e os conteúdos do Pavilhão de Portugal da Expo Zaragoza 2008 são da autoria do arquitecto Ricardo Bak Gordon e a construção esteve a cargo da Eurostand.
"O Pavilhão é pensado como um todo contínuo no espaço e no tempo.Assumimos a metáfora primordial do Rio – tema mobilizador do evento – correndo da nascente até à foz – sempre diverso mas mantendo uma personalidade forte e inconfundível.
Guião expositivo, arquitectura, design, participação artística e dados científicos são fundidos num discurso único, permitindo a imersão total do visitante.Os dois espaços públicos fundamentais do Pavilhão (área expositiva e Portugal Compartilha) marcam dois momentos e duas atitudes distintas de experimentar o espaço.
Na Exposição, os visitantes são conduzidos às diferentes temáticas expositivas através de um percurso bem definido no espaço e no tempo.
No espaço Portugal Compartilha, pelo contrário, encontramos um lugar polivalente, onde todos os eventos acontecem, de livre utilização, onde o público define os seus níveis de participação".

Planta
Corte e Alçado
RECEPÇÃO/ENTRADA PARA A EXPOSIÇÃO

"O átrio é pautado pela presença de caixas de luz (primeiro contacto com a temática expositiva), que em conjunto constitui um espaço de transição para a entrada na área de exposição. Um balcão de atendimento e venda recebe os visitantes, que se podem agrupar de diferentes modos no interior deste espaço".
ESPAÇO EXPOSITIVO
Alerta

"O primeiro momento da exposição, a que chamamos ALERTA, desenvolve-se num espaço tubular, onde a presença de imagens projectadas, associadas a superfícies espelhadas e com geometrias irregulares, transportam a um só tempo os visitantes para "cenários-limite", alertando para os problemas reais que as recentes mutações climáticas provocam. Em simultâneo, outros alertas de natureza científica são apresentados, bem como uma atmosfera sonora que complementa a imagem envolvente".
Consciência


"A grande sala da exposição refere-se ao segundo momento a que chamamos CONSCIÊNCIA. Trata-se de uma nave rectangular, com cerca de 350 m2 e 8 m de altura, onde se destacam dois elementos arquitectónicos:
um "rio" de cor rubra que se desenvolve ao longo da sala, tocando ou extravasando os seus limites, levando-nos pela descoberta dos rios Douro, Tejo e Guadiana.
uma superfície periférica vertical, afastada dos limites reais da sala, espécie de "anel" suspenso que servirá de suporte aos diferentes componentes expositivos.
Pontualmente, grandes elementos suspensos reforçarão o efeito de surpresa na grande sala.O pavimento/percurso encontra-se ligeiramente sobrelevado face ao pavimento existente e cobre apenas o espaço indispensável ao percurso expositivo. As áreas não necessárias ficam por construir, enfatizando a circulação/curso do rio, ao mesmo tempo que se chama a atenção para a relação entre o essencial e o supérfluo, criticando o desperdício.Esta opção valoriza o percurso dos visitantes, fazendo-os percorrer uma espécie de passerelle que metaforicamente deverá ser lida como o ciclo da vida, mas também como palco onde expressa a sua responsabilidade".
Mudança

"Na terceira sala, a que chamamos MUDANÇA, procura-se projectar os visitantes para um futuro melhor, mais atento. É nesta sala que se desenvolve uma instalação interactiva produzida pela YDreams, onde o movimento dos visitantes implica o movimento de palavras e frases, escritas e ditas em inúmeros idiomas, num ambiente dinâmico que preenche todo o espaço, e onde uma torrente de palavras determina o final da visita".