POR: MÁRCIO CAMPOS
Esta mostra nasceu de uma iniciativa do Kunsthaus Bregenz (KUB) – importante centro de exposições de arte contemporânea mundial – em colaboração com a Experimenta. Estiveram expostos 29 projectos e edifícios, através de um notável acervo documental, composto por desenhos, esquiços, plantas e maquetas. Destacaram-se seis maquetas de grande escala e duas instalações vídeo que nos induziam, tal como as filosofias de Zumthor, a uma nova experiência vivencial. Esta componente expositiva permitiu recriar, em tempo e escala real, o habitar dos espaços por ele desenhados.
Com uma arquitectura construída dos sentidos para os sentidos e para ser vivenciada, Peter Zumthor, figura cimeira no panorama da arquitectura contemporânea internacional, com cerca de 40 anos de carreira, é autor de um conjunto de obras que evidenciam e revelam uma identidade particular, pela forte relação entre conceptualidade/harmoniosidade/sensibilidade. Nasceu em 1943 em Basileia (Suíça) e, como aprendiz de seu pai, que era artesão de mobiliário, desde cedo desenvolveu o interesse pelo pormenor e pelas qualidades expressivas e plásticas dos materiais, para afirmar-se, mais tarde, na concretização de obras que demonstram uma qualidade conceptual irrepreensível, pensada e sustentada. A transversalidade do seu discurso arquitectónico é uma característica relevante, temporal e espacialmente. É através desta dualidade que a natureza dos seus projectos evoca uma correlação entre o ambiente natural e o construído, o lugar e a arquitectura.
Da vasta obra deste arquitecto suíço destacam-se: Termas de Vals, Suíça, 1996; Kunsthaus Bregenz, Áustria, 1997; Capela Saint Bruder Klaus, Mechernich, Alemanha, 2007, Museu Kolumba, Colónia, Alemanha, 2007
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